FAZENDA EPAMIG
O Campo Experimental de Maria da Fé (CEMF) possui área de 113 hectares, dos quais 78 são de preservação permanente. Os 35 hectares restantes são compostos por pomares e áreas experimentais, além de infraestrutura para pesquisas e administração da unidade. A infraestrutura é composta por casas de moradia, escritório, galpões de máquinas, marcenaria, viveiro de produção de mudas, laboratório de pesquisas, agroindústria de extração de azeite, câmara fria e local para eventos e palestras.
O CEMF, na época denominado Sítio Vargedo, foi doado em 1927 pelo Sr. José Fabrino de Oliveira e sua esposa Sra. Alice Fabrino à Fazenda Federal da República, especificamente ao Ministério de Educação e Cultura, originalmente, com o objetivo de ser construída uma escola agrícola que pudesse atender aos filhos de agricultores da região. A sua transferência para o estado de Minas Gerais ocorreu na década de 1940, onde a fazenda ficou sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura até o ano de 1972. O objetivo era estimular o desenvolvimento da agricultura regional, principalmente nas culturas de olerícolas, como batata e cenoura, e frutíferas, como marmelo e pêssego. Com o Programa Integrado de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Pipaemg), iniciaram-se os trabalhos sistemáticos de pesquisa com diversas culturas na unidade. Em 1974 foi criada a EPAMIG e a fazenda passou a ser de responsabilidade da empresa em 1975. A unidade teve sua infraestrutura aprimorada, tornando-se pioneira no programa de melhoramento genético da batata. O CEMF foi projetado como uma das mais importantes unidades de pesquisa para melhoria da qualidade da batata-semente no Brasil.
Atualmente, é reconhecido como Campo Experimental pioneiro em pesquisas com a olivicultura e extração de azeite virgem extra brasileiro. A introdução da oliveira em Maria da Fé se deu no ano de 1935 com a vinda do Sr. Emídio Ferreira dos Santos, para administrar a Fazenda Pomária, e de sua família de Portugal. Ao chegar no municio e percebendo clima semelhante solicitou a sua esposa que em sua vinda trouxesse diversas mudas e sementes, tais como, oliveiras, macieiras, nogueiras e carvalhos. Trouxe ainda sementes de ervilha e cerejeira, as quais não conseguiu que frutificassem. As oliveiras foram plantadas na Fazenda Pomária e a pedido do então prefeito, Dr. José Vilela Viana, também foram plantadas na praça central da cidade, ao lado da estação ferroviária por volta de abril de 1947. Quando estas oliveiras entraram em fase de produção despertou-se o interesse de pesquisadores da Epamig, e assim iniciou-se os estudos com esta cultura e a partir disso houve o avanço com as pesquisas e o desenvolvimento da olivicultura na região, sendo em 29 de fevereiro de 2008 a extração do primeiro azeite de oliva genuinamente nacional, sendo na ocasião realizada a extração e 40 litros de azeite. Em 2010 houve a compra e instalação de um equipamento extrator de azeite, importado da Itália, com capacidade de processar até 100 kg de azeitonas por hora o qual passou a atender e ainda atende os olivicultores interessados da região. Após este pontapé inicial a cultura da oliveira conquistou o interesse de produtores e empresários e se espalhou pela região dos Contrafortes da serra da Mantiqueira, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além da região sul do país. De acordo com a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (ASSOOLIVE), a região sudeste já possui cerca de 160 produtores de oliveiras, distribuídos em 2.000 hectares e alcançou na safra de 2017, 42 mil litros de azeite produzidos. Um crescimento muito expressivo em nove anos, que começou com incentivo da EPAMIG no CEMF.
Além das pesquisas com a olivicultura, atualmente são desenvolvidos trabalhos no CEMF com diversas frutíferas de clima temperado e também com a cultura da batata.
Telefone: (35) 3662-1227
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IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DE LOURDES
Edificação do início do século XX, a igreja Nossa Senhora de Lourdes é de estilo eclético, destacando-se o gótico-romano Com obras de pintura de autoria dos irmãos italianos Pietro e Ulderico Gentilli. Pela sua beleza, sua importância na religiosidade do povo mariense, seu valor afetivo e histórico a Igreja Nossa Senhora de Lourdes é um monumento que foi tombado como Patrimônio Histórico Municipal em 31 de maio de 1999.
E em 1939, na passagem do ano, aconteceu a inauguração dos sinos da matriz, que foram doados por Cel. José Goulart Santiago Breu e senhora e por Elpídio Costa e senhora. O relógio foi encomendado na Alemanha pelo Cônego João Aristides.
Maria da Fé conserva boas recordações de duas personalidades que participram da vida religiosa local nas últimas cinco décadas: os padres Joaquim Carneiro Filho e José de Anchieta Ribeiro de Noronha.
O primeiro, conhecido como padre Juca, dirigiu a paróquia Nossa Senhora de Lourdes entre 1957 e 1970. Percenbdo a musicalidade do povo mariense, incentivou a formação da banda masculina Lira Nossa SEnhora de Lourdes e da Corporação Musical Feminina Santa Cecília. . Os dois grupos foram criados como propósito de acompanhar a Procissão do Encontro e chegaram a gravar um disco no Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Padre Juda destacou-se também como educador. Encabeçou o movimento para a construção do Ginásio Nossa Senhora de Lourdes (atualmente escola estadual), após a qual tornou-se diretor e professor da instituição.
O paroquiato do padre Anchieta (1970 a 1982) está igualmente presente na memória do povo de Maria da Fé. No auge da Teologia da Libertação, o então pároco realizou trabalhos sociais com os pobres e idosos, além de unir-se com os vicentinos para criar a Festa de Agosto, de cunho filantrópico. Padre Anchieta é lembrado como grande entusiasta de movimentos ligados à juventude, como TLC, ECLAM e Olho de Cristo. (Fonte:
Tel: (35) 3662 1572;
Endereço: Praça Nossa Senhora de Lourdes, s/n.
Pároco: Padre Leandro Edevaldo dos Santos
Gente de Fibra
A Cooperativa Mariense de Artesanato foi gerada paralela ao Projeto de Desenvolvimento do Turismo Rural em Maria da Fé surgido da parceria entre a Prefeitura Municipal e o SEBRAE-MG, buscando desenvolver um artesanato que tivesse identidade local. Foi então que o artista plástico Domingos Tótora apresentou o trabalho feito com papel reciclado e fibra de bananeira. Desta reunião, Tótora e mais cinco mulheres da comunidade aceitaram o desafio de desenvolver o trabalho, surgindo assim a Oficina Gente de Fibra. Paralelamente foram criadas outras oficinas de artesanato na cidade e em agosto de 1999 foi criada a Cooperativa Mariense de Artesanato.
A Cooperativa nasceu da ideia de deixar para o futuro uma cidade melhor, promovendo uma atividade cultural que relacionasse reciclagem de papel e fibras à preservação do nosso patrimônio ecológico. Para nós, preservar implica reaproveitar, reutilizar, além de não destruir, num ato de solidariedade com o nosso meio e conosco. Nossa proposta é tratar a reciclagem de maneira criativa e geradora de alternativas para a realidade em que vivemos.
Nosso trabalho contribui para o fortalecimento econômico da comunidade, gerando renda, colocando no mercado produtos de qualidade, exclusivos com identidade local e de baixo impacto ambiental; elevando assim, cada vez mais o nome da Cooperativa e da cidade de Maria da Fé.